Em 1ª live, AMOPPE conversa com o trilheiro José Santos que destaca as belezas naturais da nossa região
Povoados

Em 1ª live, AMOPPE conversa com o trilheiro José Santos que destaca as belezas naturais da nossa região

Na quarta-feira (29), a Associação de Moradores e Pescadores da Estiva, Baixa da Madeira e Ponta de Faca (AMOPPE) fez a primeira Live no Instagram e, para comemorar os 85 anos da cidade de Tutoia, o tema foi Trilhas e Acampamentos.

O escolhido para a primeira conversa foi José Santos, trilheiro raiz, que falou um pouco mais sobre essa atividade, os desafios que já enfrentou e como a região da Península da Estiva, Baixa da Madeira e Ponta de Faca tem grande potencial de se tornar uma referência nesse setor do turismo.

Trilha é um caminho ou estrada de passeio terrestre usado para caminhada, ciclismo, também passeio de moto, a cavalo ou outras atividades de locomoção. São normalmente utilizadas no sistema turístico do ecoturismo. “Fazer trilha é estimulante, desafiador e traz benefícios para a saúde física e mental, além de despertar a consciência ambiental”, disse José Santos.

Aos 41 anos, servidor público federal e morador da cidade de São Luís, José Santos disse que começou a fazer trilhas ainda na pandemia, como opção para sair de casa. Durante pesquisa nas redes sociais, encontrou alguns grupos fazendo trilhas na ilha de São Luís, e como já era praticante de corrida de rua, resolveu aderir a esse tipo de atividade que iria proporcionar maior contato com a natureza.

“A partir de então, não parei mais. Eu e minha esposa Tania, que também se identificou com as trilhas, trilhamos em vários lugares em São Luís e cidades próximas como Raposa, Morros, Ribamar, e também em Presidente Juscelino, Santo Amaro e Barreirinhas, onde fizemos a travessia noturna dos lençóis maranhenses. Uma experiência única”.

E não parou por aí! Nessa trajetória de trilhas, o casal teve a oportunidade de trilhar em outros estados, como São Paulo, na Serra da Mantiqueira (Campos do Jordão) e no Rio de Janeiro, na região dos lagos (Cabo Frio e Arraial do Cabo).

Também em outros países, como Alemanha, explorando alguns Canyons. Na Áustria, onde escalaram montanhas numa altitude de 2 mil metros, passando por cenários do filme “A Noviça Rebelde”. E no Chile, trilhando o caminho do Cerro San Cristóbal, que foi um teste de resistência, afirma.

E para quem pretende aderir às trilhas como esporte ou atividade física, o trilheiro lembra que essa prática está disponível para todas as faixas etárias.

“Com disposição, qualquer um pode aderir às caminhadas, que, além de baratas, não requerem equipamentos especiais. Entretanto, desbravar lugares selvagens, cruzando florestas, rios, montanhas e dunas de areia, exige planejamento e, muitas vezes, a companhia de guias experientes. Estar em boa condição física é essencial”.

As famílias que têm crianças também podem participar de trilhas, desde que sejam leves, estando em companhia dos pais.

“Existem as trilhas kids, organizadas especialmente para as crianças, com percursos curtos e com atividades atrativas para elas (alongamentos, brincadeiras). É uma ótima opção de passeio para os pequenos”.

Entretanto, é preciso ter alguns cuidados, como:

  • Dormir bem na noite anterior;
  • Usar roupas adequadas como: camisa de manga comprida ou manguito, calça ou canelito, meias e sapatos fechados e confortáveis, chapéu, boné;
  • Usar filtro ou protetor solar que são essenciais para a proteção contra raios ultravioletas, assim como repelente para evitar quaisquer problemas relacionados a alergias causadas por insetos ou plantas;
  • Levar água (garrafinhas), como também alimentação leve que podem ser pães, frutas e cereais.

Esse é o kit do trilheiro que, obrigatoriamente, deve estar na sua “mochila na costa“, diz José.

Mas, será que a nossa região tem características para se tornar um circuito de trilhas no Brasil? A resposta é sim! Com uma vegetação vasta e terreno propício, a Península da Estiva, Baixa da Madeira e Ponta de Faca pode se tornar um local para a prática de trilhas e acampamentos, recebendo turistas de todo o país.

Além disso, com a estruturação da região para o recebimento deste tipo de turista, a economia terá um grande impulso, que vai atingir diversos segmentos da nossa comunidade. O principal já temos: belezas naturais. Aliado a isso, devemos trabalhar o desenho das trilhas, no sentido de desenvolver vários traçados para direcionamento e segurança dos trilheiros.

Para acampamento, é preciso áreas planejadas para atrair aqueles turistas que curtem muita natureza. O camping pode oferecer desde condições básicas (como banheiros e cozinha) e alguma atividade de lazer.

Também, segundo José Santos, para atrair mais turistas, é necessário treinar guias de turismo, tanto para contar a história da região, como ofertar produtos fabricados no local, comidas típicas, e incentivar os turistas a consumirem esses produtos e serviços.

Com isso a economia do local começa a girar atraindo empresas e outros investidores e todo mundo sai ganhando.

Para quem quiser saber como foi a Live, acesse: Associação dos Povoados Estiva, Baixa da Madeira e Ponta de Faca (@amoppe.tutoia) • Fotos e vídeos do Instagram

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *