Povoados

Dia do Trabalhador Rural: Isaias da Silva fala do amor pela roça apesar dos desafios

Neste 25 de maio é comemorado o Dia do Trabalhador Rural, uma data que homenageia todas as pessoas que trabalham nas zonas rurais, campos, fazendas como lavradores, agricultores, cuidadores de animais, etc.

O Brasil sempre teve na agricultura, no extrativismo e na pecuária suas maiores fontes de riqueza. Em 2013, calculava-se que 15,2 milhões de pessoas exercessem atividades ligadas ao campo.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada pelo Sebrae, existem no Brasil mais de 4 milhões de trabalhadores rurais. Isso significa que esses produtores representam cerca de 15% do total de empreendedores do país, que é de 27,31 milhões.

E a região de Tutoia e seus povoados são compostas por muitos trabalhadores rurais, que todos os dias dão o suor do seu trabalho na produção de alimento, levando comida para o prato dos moradores da região e cidades vizinhas.

Este é o caso de Isaias Paulo da Silva, de 44 anos, morador do Povoado Baixa da Madeira, que é pescador, mas há alguns anos vem atuando no cultivo da mandioca dentro da sua propriedade rural.

De origem humilde, Isaias começou na roça desde cedo, ajudando o seu pai nos trabalhos rurais. Para ele, esse contato direto fez com que ele se apaixonasse pela profissão, apesar dos desafios.

“Tenho orgulho de trabalhar na lavoura de mandioca. Desde criança ajudava meus pais e agora tenho a minha roça”

Para quem não sabe, o trabalho rural exige cuidado e conhecimento sobre o plantio, mas nem toda a época do ano é boa para a colheita. E Isaias disse que, no caso da mandioca, os meses de maio e junho são os melhores, mas que é preciso chover para que a colheita gere resultados positivos no ano seguinte.

“Temos que plantar de olho no tempo. Isso porque, hoje você joga a semente no campo, mas precisa contar com as chuvas que chegam depois. Eu diria que esse é o grande desafio do trabalhador rural, porque não conta só com a experiência e sim com fé de que tudo vai ocorrer bem e no ano seguinte conseguimos colher o alimento para levar a mesa do rico”

Sobre os incentivos por parte do poder público, Isaias disse que o pequeno produtor também precisa de linha de crédito mais acessível, que às vezes só chega para as empresas.

“É preciso incentivo para os pequenos lavradores, abrindo empréstimo para que eles possam pagar de acordo com a necessidade de cada um”

É neste sentido também que ele lembra a necessidade de uma cooperativa que possa atender os povoados de Tutoia, atuando em parceria com a AMOPPE.

“A associação pode ajudar por meio de uma cooperativa, onde a gente poderia comprar as sementes e revender os produtos. Espero que um dia isso possa existir, o que vai ajudar em muito o nosso trabalho”

Sendo assim, embora muito já tenha sido alcançado pelos trabalhadores rurais, ainda há bastante a avançar.

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